Qual a diferença entre PWA x Flutter x Apps Nativos x Híbridos?

Gabriele Gomes • 8 de novembro de 2018

Entenda a diferenças entre eles e qual a melhor opção para o seu negócio.

Em um país onde o número de smartphones é maior que o número de habitantes, fazer parte desse ecossistema super conectado leva empresas e marcas, novas formas de se aproximarem de seus clientes e consumidores.

De acordo com um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil possui 220 milhões de aparelhos inteligentes ativados, sendo que a população chega a 210 milhões de habitantes.  Com a evolução do mercado e da busca por mais praticidade e mobilidade, os consumidores buscam modelos de aparelhos cada vez mais modernos, com boas funcionalidades e aplicativos que atendam suas necessidades a fim de que tenham uma ferramenta poderosa em mãos, seja para fazer compras, vender, pedir comida, registrar os melhores momentos, gerenciar finanças, realizar um pagamento e qualquer outra atividade que facilite a vida.

Inclusive, um dos pontos mais amados pelos usuários é ter um aparelho móvel com um bom espaço interno de armazenamento, não é mesmo? Com certeza, você já deve ter passado por aquele momento crítico na sua vida de ter que excluir um aplicativo para conseguir liberar um espacinho na sua memória (SAD, BUT TRUE!)…

Um estudo divulgado pelo App Annie, empresa americana de pesquisa de mecado, revelou que os brasileiros utilizam em média 12 aplicativos a cada 24 horas . Em relação ao número de downloads, só no ano passado foram mais de 6 bilhões de downloads realizados.

A diferença é que hoje, mesmo com dispositivos móveis cada vez mais modernos, os usuários têm mais autonomia para gerenciar como preferem se conectar com sua empresa e isso leva em consideração 3 pilares: rapidez, segurança e usabilidade.

Nesse artigo você vai entender as diferenças entre as modalidades de tecnologia mobile existentes no mercado e suas respectivas experiências voltadas a esses pilares.

Progressive Web App (PWA)

Já sabemos que os aplicativos são ferramentas inovadoras responsáveis por otimizar nosso tempo e facilitar nossa rotina diária. No entanto, dificilmente um usuário irá instalar diversos apps para cada necessidade que surgir. É aí que surge o PWA.

O termo, utilizado pela primeira vez em 2015, refere-se a uma união, propriamente denominada como ‘evolução híbrida’ entre as páginas web (sites) e os aplicativos móveis. O objetivo é aumentar a praticidade para auxiliar usuários a encontrarem rapidamente aquilo que desejam, sem a necessidade de baixar um aplicativo, pois funcionam diretamente no navegador da web

Você deve estar pensando… Ok, mas então seria o fim dos aplicativos? Não, a questão é que o PWA é uma nova forma de aumentar o alcance e conversão do usuário e, consequentemente, proporcionar uma experiência mais rápida.

De acordo com o Google Developer, 53% dos usuários abandonam um site se demorar mais de 3 segundos para carregar, o PWA carrega instantaneamente a tela inicial, além de responder às interações do usuário com agilidade, além de conseguir engajar os usuários com notificações push, semelhante aos aplicativos. A loja de varejo on-line do grupo Alibaba, o AliExpress, conseguiu melhorar as conversões para novos utilizadores em todos os navegadores em 104% e no iOS em 82%.

O PWA funciona como um web app, não é possível abri-lo de forma 100% offline, a interface do usuário não fica igual a de um app e muitas de suas funcionalidades não são suportadas pelo Safari mobile (sistema iOS).

Flutter

O mercado de aplicativos se tornou um grande empreendimento, desenvolvedores buscam cada vez mais aprender novas tecnologias para criar aplicativos com alto desempenho, enquanto os donos procuram otimizar o tempo gasto durante o desenvolvimento. Resultado disso foi o recente lançamento do Google, o Flutter.

Esse novo framework para desenvolvimento mobile permite a criação de aplicativos nativos de alta performance para Android e iOS, a partir de uma única base de códigos. Basicamente, essa SDK facilita a criação de interfaces pois possui um amplo conjunto de widgets próprios, arquitetura baseada em programação reativa, fonte livre e aberta e utiliza uma linguagem de programação simples chamada de Dart (semelhante ao Javascript).

App Nativo

Diferente do Flutter, um aplicativo nativo é programado na linguagem exclusiva do sistema operacional, onde cada uma possui suas próprias ferramentas e elementos de interfaces. Por exemplo, Android utiliza linguagem Java ou Kotlin, iOS possui a Objective-C ou Swift e Windows C# ou VB.

Um aplicativo nativo tende ser mais complexo de ser programado, o que também o deixa mais seguro, com melhor design e acesso a todos os recursos de um dispositivo (GPS, câmera, telefone, notificações push, SMS, etc.), que permite atribuir diversas funcionalidades operacionais e estratégicas ao app. Além disso, também podem ser utilizados sem a necessidade de conexão com a internet.

Hoje, os Apps Nativos fazem parte do cotidiano de muitas pessoas, por exemplo; WhatsApp, Facebook, Waze, Instagram, etc. e podem ser facilmente encontrados nas App Stores.

App Híbrido

O aplicativo híbrido é o resultado de uma unificação do app nativo com web app e geralmente são construídos em linguagem HTML5, CSS e Javascript. A principal diferença é que esse modelo é desenvolvido com um único código para os todos os sistemas operacionais escolhidos, o que torna uma forma mais rápida em termos desenvolvimento. Basicamente, sua linguagem engloba metade do app nativo e metade do web app (PWA).

Segundo a Análise do E-commerce no mundo, realizada no 2º trimestre de 2018, pela Criteo, para varejistas que promovem ativamente seus apps de compras, as transações mobile representam 65% de todas as transações, nas Américas do Sul, Central e do Norte, 43% das compras são feitas em web mobile e 18% em aplicativos, totalizando 61% do share de vendas em dispositivos móveis.

No entanto, na hora de escolher a melhor solução para seu negócio mobile é bom analisar se será necessário muitos recursos de hardware do dispositivo para proporcionar a melhor experiência ao usuário, afinal, seja qual for sua escolha fatores de UX/UI são de grande relevância para alcançar boas conversões, seja de acessos ou downloads.

Apesar de serem mais complexos no desenvolvimento, os aplicativos nativos ainda não as melhores opções para marcas varejistas, tendo em vista que, comparado ao PWA, os aplicativos possuem uma série de recursos como login automático, alta capacidade de resposta, interface do usuário, pagamentos, entre outros fatores que ajudam o varejista a ter uma ferramenta cada vez mais personalizada.

Com a concretização do omnichannel e novas tecnologias é preciso encontrar canais de venda realmente efetivos e que possibilitem a integração fluida com outros canais online e offline. O App Commerce é uma canal 100% omnichannel que integra com a loja física, transformando-a em um minicentro de distribuição, assim, os consumidores podem ver a disponibilidade do produto em tempo real e, ao comprá-lo, tem a opção de retirar diretamente na loja no mesmo dia.

O que as pesquisas afirmam…

  • Os smartphones são os únicos dispositivos que tiveram crescimento no número de visitas on-line, um aumento de 89% desde janeiro de 2015. As visitas a tablets e computadores diminuíram significativamente (-30% e -17%, respectivamente) (Adobe, 2018)
  • 46% dos proprietários de smartphones dizem que seu dispositivo é algo que “não poderia viver sem”. (Pew Research, 2017)
  • Há mais de 4,5 vezes o número de usuários do Android do que usuários do iOS em todo o mundo. (Gartner, 2017)
  • O tráfego global de dados móveis deverá aumentar quase três vezes entre 2018-2021. (Statista, 2018)
  • Mais de 1.300 aplicativos por dia são adicionados à Google Play Store. (Business of Apps, 2018)
  • O tempo total gasto em aplicativos em todo o mundo alcançou 1,6 trilhão de horas em 2016 – um aumento de mais de 50% no engajamento de aplicativos em comparação com o ano anterior. (App Annie, 2017)
  • 25% dos usuários dizem que não baixam aplicativos porque não têm espaço em seus telefones. (Deloitte, 2017)
  • Adicionar emojis para enviar notificações resulta em CTRs 70% maiores. (CleverTap 2018)
  • As taxas de resposta de SMS são 209% mais altas que as de ligações telefônicas, Facebook ou campanhas por e-mail. 29% dos clientes-alvo respondem a mensagens de texto e 47% desses respondentes fazem uma compra. (Emarsys, 2018)
  • Notificações push personalizadas vêem taxas de abertura 9,06% mais altas do que as mensagens genéricas. (CleverTap, 2018)
  • 52% dos varejistas não otimizam o conteúdo digital para o dispositivo que os consumidores optam por comprar. (Retail Systems Research)
  • Na Coréia do Sul, México, Brasil, Japão e na Índia, os 20% dos smartphones os usuários passaram mais de quatro horas por dia apps.(App Annie, 2018)
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A loja física ainda tem futuro? Nos últimos anos, uma pergunta tem rondado o mercado varejista: as lojas físicas vão desaparecer? A resposta é clara: não. Mas é igualmente certo que o modelo tradicional de ponto de venda está passando por uma transformação profunda. O consumidor atual não enxerga mais barreiras entre online e offline. Ele quer conveniência, imediatismo e experiências personalizadas, seja no celular, no computador ou na loja da esquina. Nesse cenário, o ponto de venda físico deixa de ser apenas um espaço de transação e passa a ocupar um papel estratégico dentro da jornada de compra. As marcas que souberem redefinir o papel das suas lojas sairão na frente e conquistarão um espaço privilegiado na mente do consumidor. O consumidor híbrido é a nova regra De acordo com relatórios da McKinsey e da NRF, mais de 70% dos consumidores utilizam múltiplos canais antes de finalizar uma compra. Isso significa que o cliente pode: Pesquisar online, experimentar na loja e comprar no e-commerce; Descobrir um produto no Instagram, verificar disponibilidade em loja e retirar pessoalmente; Comprar online e optar por devolver em uma unidade física. O consumidor híbrido não distingue onde começa ou termina a experiência. Para ele, tudo faz parte de um mesmo fluxo. É a marca que precisa se adaptar. 5 forças que estão redefinindo o futuro das lojas físicas 1. Loja como hub logístico O ponto de venda não é apenas vitrine ou espaço de checkout. Ele pode funcionar como um mini centro de distribuição , agilizando entregas e reduzindo custos logísticos. Exemplo: grandes redes de moda já usam suas lojas para realizar o ship from store, enviando pedidos online diretamente do estoque físico. 2. Experiência imersiva As lojas físicas precisam oferecer algo que o digital não entrega: experimentação e conexão emocional . Espaços instagramáveis, provadores inteligentes, telas interativas e até mesmo eventos exclusivos se tornam diferenciais. Exemplo: marcas de cosméticos investem em realidade aumentada para testar maquiagens na hora. 3. Papel consultivo dos vendedores Com o acesso ilimitado à informação, o consumidor chega à loja mais bem preparado do que nunca. O vendedor deixa de ser apenas alguém que registra a compra e passa a atuar como consultor , guiando escolhas, personalizando ofertas e criando vínculos de confiança. 4. Dados em tempo real O futuro das lojas passa pela captação e análise de dados dentro do ponto de venda. Isso significa entender quais produtos despertam mais interesse, quais áreas da loja geram mais tráfego e como o cliente se movimenta pelo espaço. Esses insights permitem ajustar sortimento, precificação e até layout. 5. Integração total com o digital As lojas não podem mais ser “ilhas”. O cliente que navega no e-commerce espera encontrar a mesma consistência de preço, estoque e promoções no físico. A integração é o que garante uma experiência fluida e sem frustrações. Lojas físicas como hubs de relacionamento Mais do que vender, o futuro das lojas está em construir relacionamentos . Cada visita é uma oportunidade de criar experiências memoráveis. Isso inclui: Clube de fidelidade integrado entre loja e e-commerce; Eventos exclusivos para clientes VIP; Personalização no atendimento, com base no histórico de compras. Ao transformar a loja em um ponto de encontro , as marcas reforçam sua identidade e fidelizam clientes em um mercado cada vez mais competitivo. Como preparar sua rede de lojas para essa transformação 1. Repense o layout e a função da loja Nem todas as lojas precisam ter o mesmo formato. Algumas podem ser lojas conceito , voltadas à experiência. Outras podem funcionar como estoques inteligentes , focados em logística e retirada rápida. 2. Invista em capacitação de equipe O vendedor deve ser treinado para atuar como embaixador da marca . Isso envolve conhecimento de produto, uso de tecnologia no atendimento e habilidade de integrar o físico ao digital (ex.: mostrar disponibilidade em outras unidades pelo tablet). 3. Tecnologia como aliada Para entregar uma experiência sem atrito, é fundamental contar com soluções que conectem estoques, pedidos e clientes. Ferramentas de CRM, sistemas de gestão de pedidos (OMS) e aplicativos de loja são parte da jornada. 4. Métricas que importam Mais do que medir apenas o faturamento por loja, é preciso acompanhar indicadores como: Pedidos ship from store; Tempo médio de retirada de pedidos; Taxa de ruptura de estoque; NPS do atendimento presencial. Exemplos de reinvenção bem-sucedida Nike : suas lojas se tornaram verdadeiros centros de experiência, com áreas de personalização de produtos e integração com o app. Apple : posiciona suas lojas como hubs de relacionamento, onde o consumidor recebe suporte, participa de workshops e vivencia a marca. Marcas brasileiras de moda : cada vez mais investem em transformar a loja física em extensão do e-commerce, reduzindo rupturas e melhorando a experiência de retirada. Esses exemplos mostram que o futuro não é escolher entre físico ou digital , mas sim integrar os dois de forma inteligente. Conclusão: o ponto de venda não morreu, ele evoluiu O futuro das lojas físicas não está em desaparecer, mas em se reinventar . O consumidor omnichannel exige conveniência, agilidade e experiência. Cabe ao varejo adaptar seus pontos de venda para se tornarem hubs logísticos, espaços de relacionamento e centros de dados valiosos. A loja que apenas espera o cliente chegar já está em desvantagem. 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