Franquias no omnichannel: como garantir governança e transparência financeira
O desafio do omnichannel nas franquias
O modelo de franquias é um dos mais robustos do varejo brasileiro. Ele permite a expansão acelerada de marcas e garante presença em diversas regiões com investimento compartilhado entre franqueador e franqueado. Porém, quando falamos em estratégias omnichannel, esse modelo ganha uma camada de complexidade adicional.
O grande dilema é: como integrar canais digitais e físicos sem perder governança e transparência financeira? Se para redes próprias já é desafiador, no franchising isso se multiplica, pois existem diferentes CNPJs, acordos comerciais e expectativas de rentabilidade entre as partes.
Quando mal gerida, essa integração pode gerar conflitos, insegurança e até mesmo perda de vendas. Mas, quando estruturada com processos claros e tecnologia adequada, se transforma em uma poderosa vantagem competitiva.
Os principais pontos de atrito no franchising omnichannel
Gerenciar franquias em um ambiente omnichannel exige cuidado em três frentes principais:
- Distribuição de pedidos
Quem fatura a venda? O CD central, o e-commerce da franqueadora ou a loja do franqueado? Sem regras bem definidas, essa questão pode gerar disputas e desconfiança. - Transparência financeira
Franqueados precisam confiar que a distribuição das vendas entre canais é justa e equilibrada. Quando não existe clareza, surgem questionamentos sobre repasses, comissões e margens. - Gestão do estoque
Com estoques espalhados entre CDs e lojas franqueadas, a falta de visibilidade gera rupturas, atrasos e cancelamentos. O cliente não entende se a venda não acontece — mas o franqueado e o franqueador sofrem diretamente as consequências.
Esses pontos de atrito, se não resolvidos, minam a relação entre as partes e comprometem o sucesso da operação omnichannel.
Por que a governança é tão importante
No franchising, a governança não se limita apenas a processos burocráticos ou jurídicos. Ela é o alicerce da confiança entre franqueador e franqueado. No contexto omnichannel, essa governança deve garantir:
- Regras claras de faturamento: quem emite a nota e como é feito o repasse.
- Definição de prioridades de atendimento: por exemplo, priorizar a loja mais próxima do cliente para reduzir o prazo de entrega.
- Critérios de divisão de receitas: percentuais que garantem equilíbrio entre CD, lojas próprias e franquias.
- Padronização de processos operacionais: para que a experiência do cliente seja consistente em todos os pontos de contato.
Sem governança, o omnichannel se torna um campo de disputas internas em vez de uma ferramenta de crescimento coletivo.
Transparência financeira como diferencial competitivo
Além da governança, a transparência financeira é um pilar essencial. Franqueados esperam visibilidade total sobre:
- Pedidos atendidos pela sua loja;
- Pedidos direcionados para outros pontos;
- Repasses recebidos e em aberto;
- Margens praticadas em vendas omnichannel;
- Custos operacionais atribuídos a cada transação.
Quando a rede não fornece esses dados, abre espaço para desconfiança e insegurança. Já quando a rede disponibiliza relatórios claros e em tempo real, transforma a relação em parceria estratégica, fortalecendo a marca como um todo.
A visão do cliente: ele não enxerga CNPJs
Um ponto essencial nesse debate é lembrar que, para o consumidor, a marca é única. Ele não está preocupado se a venda foi faturada pelo franqueado da Rua X ou pelo CD da franqueadora. Ele quer conveniência, rapidez e confiança.
Isso significa que o cliente espera poder comprar no e-commerce e retirar na loja, trocar em qualquer unidade e receber no mesmo dia, independentemente da complexidade interna de faturamento.
Ou seja: o cliente enxerga uma marca integrada, mas os bastidores precisam garantir a transparência necessária para que isso funcione sem atritos.
Caminhos para garantir governança e transparência no omnichannel de franquias
Para que a estratégia seja bem-sucedida, algumas práticas são fundamentais:
- Definir regras financeiras claras antes da implantação
Franqueados devem participar da construção do modelo, entendendo critérios de divisão de receita, prazos de repasse e custos envolvidos. - Criar políticas de atendimento equilibradas
É preciso definir em quais casos a venda será direcionada ao CD, a uma loja própria ou a um franqueado. Essa política deve ser transparente e justa para todas as partes. - Unificar a visão de estoque
O estoque precisa ser integrado entre CD, lojas próprias e franquias. Isso reduz rupturas e aumenta a confiança do consumidor. - Oferecer relatórios em tempo real
Franqueados devem ter acesso a dashboards que mostrem seus resultados no omnichannel, pedidos atendidos, valores repassados e pendências financeiras. - Investir em tecnologia especializada
Sistemas genéricos dificilmente contemplam a complexidade do franchising. É necessário contar com ferramentas que entendam os desafios específicos do setor.
Exemplos práticos de benefícios
Redes de franquias que aplicaram governança e transparência financeira no omnichannel conquistaram resultados expressivos, como:
- Aumento da adesão dos franqueados às estratégias digitais, já que eles enxergam valor e retorno financeiro direto.
- Maior confiança entre franqueador e franqueados, fortalecendo a rede como ecossistema.
- Redução de rupturas e cancelamentos, graças à visibilidade integrada do estoque.
- Crescimento do ticket médio, pois o cliente tem acesso a um sortimento mais amplo, mesmo em lojas menores.
- Melhora da experiência do consumidor, que percebe consistência e conveniência em qualquer canal.

O papel do OMS nesse cenário
Para transformar tudo isso em realidade, a tecnologia desempenha um papel central. É aqui que entra o OMS (Order Management System) — um sistema capaz de orquestrar pedidos, aplicar regras de distribuição e garantir visibilidade financeira em tempo real.
O NEO OMS, da Neomode, foi desenvolvido exatamente para lidar com a complexidade do varejo omnichannel em redes com lojas próprias e franquias. Com ele, é possível:
- Integrar estoques de CDs e lojas franqueadas em tempo real;
- Aplicar regras automáticas de split de pedidos, garantindo que cada venda seja direcionada ao ponto mais estratégico;
- Oferecer relatórios financeiros detalhados, assegurando transparência total para franqueados e franqueadores;
- Dar visibilidade ao cliente final, que enxerga a marca como única, mesmo com múltiplos CNPJs nos bastidores;
- Transformar lojas franqueadas em hubs logísticos, acelerando entregas e aumentando as chances de venda adicional.
Conclusão
No universo das franquias, o sucesso do omnichannel não depende apenas de integrar canais, mas de garantir governança e transparência financeira. Franqueados precisam enxergar clareza no modelo para se engajarem, e clientes esperam conveniência e consistência em todos os pontos de contato.
Sem tecnologia, esses desafios se tornam quase impossíveis de administrar. Com o NEO OMS, no entanto, é possível transformar o omnichannel em uma vantagem competitiva, alinhando franqueadores, franqueados e consumidores em uma mesma experiência fluida e transparente.
O futuro das franquias no varejo omnichannel passa pela orquestração de pedidos e pela transparência que só um OMS especializado pode oferecer.










