Comprar online e retirar na loja com frete zero: quais desafios enfrentados pelos varejistas?

Gabriele Gomes • 13 de março de 2018

Proporcionar uma experiência de compra hibrida é uma barreira ainda presente no varejo brasileiro.

 

Há alguns anos atrás, muitos lojistas acreditavam fielmente na redução de vendas em lojas físicas devido a grande procura de mercadorias no comércio eletrônico. No entanto, é mais do que certo que hoje essa afirmação não faz mais sentido algum, uma vez que o cenário global está voltado para varejistas que não medem esforços para integrar estratégias online e off-line e, sobretudo, enfatizar a otimização dos seus estoques e vendas, permitindo que os consumidores possam comprar onde e quando quiserem.

Enfrentar atrasos, esperar ansiosamente pela encomenda e pagar taxas extras por não estar em casa no dia da entrega do produto são situações comuns e que ainda perneiam quando fazemos uma simples compra online.

A era omnichannel é uma resposta rápida do avanço da tecnologia, o varejo, por sua vez, tenta se adaptar a esse fluxo para atrair mais consumidores à suas lojas físicas e virtuais. No entanto, muitos varejistas ainda trabalham seus canais separadamente e enfrentam algumas dificuldades dentro do mercado para se adaptarem a essa nova era.

Integração de sistemas

A omnicanalidade está interligada a transição entre as plataformas de venda do varejista, e dentro dessa navegação os usuários necessitam absorver bons conteúdos, ter mais conveniência na forma de entrega (receber em casa ou retirar na loja – Clique&Retire), ter à sua disposição formas de pagamentos acessíveis e até mesmo inovadoras (boleto, cartão de crédito ou débito ou bitcoin), além comprar produtos que estejam disponíveis e prontos para retirada em estoque (ship-from-store).

Um dos principais contratempos é a integração para operação física e online. A construção da arquitetura de integrações requer tempo e sistemas habilitados (ERP, gateway de pagamento e e-commerce) para conectar os canais de venda.

Fluxo na loja física

De acordo com a Pesquisa PwC, Total Retail 2017, os consumidores ainda querem utilizar os benefícios da presença off-line (tocar, sentir e experimentar antes de comprar). Grandes varejistas, como Amazon e Alibaba, estão investindo na aquisição de lojas físicas a fim de otimizar a experiência do consumidor dentro da loja, por exemplo, a Amazon Go que idealiza um ‘mercado do futuro’, sem caixas nem filas, traz uma forma inovadora comprar utilizando apenas um aplicativo no smartphone.

Com base no estudo da PwC, a loja física ainda é o canal mais utilizado para gerar vendas, seguido do site e aplicativos. Apenas 21% das empresas utilizam omnichannel como canal de venda, isso é, trabalham interfaces de venda separadamente sem otimizar a transição on-line e off-line do consumidor moderno.

Outro exemplo, muito utilizado em lojas de vestuário, são as guide shops, estabelecimentos que funcionam como um mostruário, onde o cliente pode experimentar, ver e tocar os produtos de uma loja online. Basicamente o cliente vai até um guide shop, prova as roupas que deseja e finaliza a compra através de dispositivos (tablet, smartphone ou desktop), a diferença é que ao invés de sair com sacolas na mão o consumidor recebe os produtos em casa.

Logística

A otimização do fluxo logístico e rápida movimentação do estoque são atributos a serem valorizados dentro de uma estratégia omnichannel. Sobretudo, a criação de soluções alternativas para entrega obriga os canais de venda a se adaptarem a um novo fluxo que hoje está sob poder de consumidores que desejam comprar online e retirar suas compras no mesmo dia.

Frete Grátis

Existem diversos fatores que influenciam o valor do frete das transportadoras – não somente a distância -, mas variáveis como peso, dimensão, valor da nota fiscal, CEP de destino, categoria do produto, prazo diferenciado, pedágios e impostos. Com isso, lojistas ficam dependentes da terceirização desse serviço, o que acaba gerando um custo extra na hora de finalizar a compra.

Dentro dessa perspectiva, o consumidor não tem muita opção – exceto em casos promocionais ou específicos que o varejista consegue oferecer descontos ou frete zero de acordo com o valor gasto em compras.

No entanto, valor do frete é um dos critérios relevantes que levam um consumidor a finalizar ou não uma compra pelo e-commerce. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPS Brasil) juntamente com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 60% dos consumidores acreditam que o preço é o que mais é levado em conta no momento da compra, em seguida do frete grátis com 39% dos consumidores e 27% levam em conta as avaliações feitas por outros consumidores.

Clique & Retire

De olho na economia do frete e na resolução dos problemas enfrentados ao encomendar um produto pelos meios online, o Clique & Retire (comprar online e retirar na loja) nasceu como uma solução rápida para varejistas que querem ter maior rotatividade no estoque e otimização de custos operacionais logísticos.

Por outro lado, temos consumidores cada vez mais acelerados na onda do imediatismo e que observam o novo sistema de entrega como uma solução rápida para ter seus produtos o quanto antes em mãos. No Brasil, já são diversas marcas já possuem sistema de retirada na diretamente na loja física ou ponto de coleta (como por exemplo, os lockers ).

Entre as diversas dificuldades encontradas pelo varejo tradicional existem diversas tecnologias e empresas dispostas a ajudar. Conheça as soluções da Neomode e transforme seu varejo em omnichannel! Mande suas dúvidas para hello@neomode.com.br

 

 

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Isso significa que o cliente pode: Pesquisar online, experimentar na loja e comprar no e-commerce; Descobrir um produto no Instagram, verificar disponibilidade em loja e retirar pessoalmente; Comprar online e optar por devolver em uma unidade física. O consumidor híbrido não distingue onde começa ou termina a experiência. Para ele, tudo faz parte de um mesmo fluxo. É a marca que precisa se adaptar. 5 forças que estão redefinindo o futuro das lojas físicas 1. Loja como hub logístico O ponto de venda não é apenas vitrine ou espaço de checkout. Ele pode funcionar como um mini centro de distribuição , agilizando entregas e reduzindo custos logísticos. Exemplo: grandes redes de moda já usam suas lojas para realizar o ship from store, enviando pedidos online diretamente do estoque físico. 2. Experiência imersiva As lojas físicas precisam oferecer algo que o digital não entrega: experimentação e conexão emocional . Espaços instagramáveis, provadores inteligentes, telas interativas e até mesmo eventos exclusivos se tornam diferenciais. Exemplo: marcas de cosméticos investem em realidade aumentada para testar maquiagens na hora. 3. Papel consultivo dos vendedores Com o acesso ilimitado à informação, o consumidor chega à loja mais bem preparado do que nunca. O vendedor deixa de ser apenas alguém que registra a compra e passa a atuar como consultor , guiando escolhas, personalizando ofertas e criando vínculos de confiança. 4. Dados em tempo real O futuro das lojas passa pela captação e análise de dados dentro do ponto de venda. Isso significa entender quais produtos despertam mais interesse, quais áreas da loja geram mais tráfego e como o cliente se movimenta pelo espaço. Esses insights permitem ajustar sortimento, precificação e até layout. 5. Integração total com o digital As lojas não podem mais ser “ilhas”. O cliente que navega no e-commerce espera encontrar a mesma consistência de preço, estoque e promoções no físico. A integração é o que garante uma experiência fluida e sem frustrações. Lojas físicas como hubs de relacionamento Mais do que vender, o futuro das lojas está em construir relacionamentos . Cada visita é uma oportunidade de criar experiências memoráveis. Isso inclui: Clube de fidelidade integrado entre loja e e-commerce; Eventos exclusivos para clientes VIP; Personalização no atendimento, com base no histórico de compras. Ao transformar a loja em um ponto de encontro , as marcas reforçam sua identidade e fidelizam clientes em um mercado cada vez mais competitivo. Como preparar sua rede de lojas para essa transformação 1. Repense o layout e a função da loja Nem todas as lojas precisam ter o mesmo formato. Algumas podem ser lojas conceito , voltadas à experiência. Outras podem funcionar como estoques inteligentes , focados em logística e retirada rápida. 2. Invista em capacitação de equipe O vendedor deve ser treinado para atuar como embaixador da marca . Isso envolve conhecimento de produto, uso de tecnologia no atendimento e habilidade de integrar o físico ao digital (ex.: mostrar disponibilidade em outras unidades pelo tablet). 3. Tecnologia como aliada Para entregar uma experiência sem atrito, é fundamental contar com soluções que conectem estoques, pedidos e clientes. Ferramentas de CRM, sistemas de gestão de pedidos (OMS) e aplicativos de loja são parte da jornada. 4. Métricas que importam Mais do que medir apenas o faturamento por loja, é preciso acompanhar indicadores como: Pedidos ship from store; Tempo médio de retirada de pedidos; Taxa de ruptura de estoque; NPS do atendimento presencial. 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