Omnichannel ou canais separados? O que realmente funciona para o cliente

Bruno Vieira • 14 de janeiro de 2025

A discussão entre estratégias omnichannel e multicanal (ou canais separados) tem gerado debates acalorados no setor varejista.

Enquanto o omnichannel é amplamente promovido como a solução definitiva para oferecer uma experiência integrada ao cliente, o modelo de canais separados ainda é adotado por muitas empresas devido à sua simplicidade e menor custo inicial.

Mas, afinal, qual dessas estratégias realmente atende às expectativas dos consumidores?

Diferenças Fundamentais

  • Omnichannel: Integra todos os canais de vendas e atendimento, permitindo que o cliente transite de forma fluida entre eles. O foco é proporcionar uma experiência unificada, onde o consumidor não percebe barreiras entre os diferentes pontos de contato.
  • Canais Separados: Oferecem múltiplos canais de comunicação e vendas, mas sem integração entre eles. Cada canal funciona de forma independente, o que pode levar a inconsistências na experiência do cliente.

Foco na Experiência do Cliente

No omnichannel , o cliente está no centro da estratégia.

Todas as informações e interações são centralizadas, garantindo que o consumidor não precise repetir informações ou enfrentar contradições entre diferentes canais.

Por exemplo, um cliente pode iniciar uma compra no site, tirar dúvidas no WhatsApp e finalizar a compra na loja física , sem interrupções ou frustrações.

Por outro lado, no modelo de canais separados, os esforços são voltados para manter a presença em diferentes plataformas, mas sem a preocupação com a integração.

Isso pode criar obstáculos, como a necessidade de repetir dados ou inconsistências nas políticas de devolução e preços.

Integração de Dados

A integração é a base do omnichannel .

Todos os dados do cliente, desde o histórico de compras até interações de atendimento, são armazenados em um único sistema, permitindo uma visão unificada do consumidor.

Essa centralização permite personalizar as ofertas e agilizar os atendimentos, criando uma experiência mais satisfatória.

Em contraste, o modelo multicanal costuma armazenar informações de forma fragmentada, dificultando o acesso a uma visão completa do cliente.

Isso não só limita a personalização, como também pode prejudicar o relacionamento com o consumidor, que espera interações consistentes.

Impacto na Satisfação e Fidelização

Uma pesquisa recente revelou que 75% dos consumidores preferem marcas que oferecem uma experiência integrada .

No omnichannel , a fluidez da jornada aumenta a satisfação , já que o cliente pode alternar entre canais sem interrupções. Essa consistência gera confiança e promove a fidelidade.

No modelo de canais separados, a falta de integração pode levar à insatisfação.

Clientes frustrados com atendimentos desconexos ou informações contraditórias têm maior probabilidade de abandonar a marca.

Custos e Implementação

Embora o omnichannel ofereça benefícios claros, sua implementação pode ser mais complexa e exigir investimentos em tecnologia e treinamento.

Já o modelo multicanal apresenta menor custo inicial e é mais simples de adotar, o que o torna atraente para empresas de menor porte ou com recursos limitados.

A escolha entre omnichannel e canais separados depende de fatores como orçamento, maturidade digital da empresa e expectativas do público-alvo. Para empresas que desejam fortalecer a lealdade e maximizar a experiência do cliente, o omnichannel representa um investimento estratégico.

Contudo, é essencial avaliar cuidadosamente os recursos disponíveis e a capacidade de execução antes de decidir qual caminho seguir.

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Invista em capacitação de equipe O vendedor deve ser treinado para atuar como embaixador da marca . Isso envolve conhecimento de produto, uso de tecnologia no atendimento e habilidade de integrar o físico ao digital (ex.: mostrar disponibilidade em outras unidades pelo tablet). 3. Tecnologia como aliada Para entregar uma experiência sem atrito, é fundamental contar com soluções que conectem estoques, pedidos e clientes. Ferramentas de CRM, sistemas de gestão de pedidos (OMS) e aplicativos de loja são parte da jornada. 4. Métricas que importam Mais do que medir apenas o faturamento por loja, é preciso acompanhar indicadores como: Pedidos ship from store; Tempo médio de retirada de pedidos; Taxa de ruptura de estoque; NPS do atendimento presencial. Exemplos de reinvenção bem-sucedida Nike : suas lojas se tornaram verdadeiros centros de experiência, com áreas de personalização de produtos e integração com o app. Apple : posiciona suas lojas como hubs de relacionamento, onde o consumidor recebe suporte, participa de workshops e vivencia a marca. Marcas brasileiras de moda : cada vez mais investem em transformar a loja física em extensão do e-commerce, reduzindo rupturas e melhorando a experiência de retirada. Esses exemplos mostram que o futuro não é escolher entre físico ou digital , mas sim integrar os dois de forma inteligente. Conclusão: o ponto de venda não morreu, ele evoluiu O futuro das lojas físicas não está em desaparecer, mas em se reinventar . O consumidor omnichannel exige conveniência, agilidade e experiência. Cabe ao varejo adaptar seus pontos de venda para se tornarem hubs logísticos, espaços de relacionamento e centros de dados valiosos. A loja que apenas espera o cliente chegar já está em desvantagem. 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